terça-feira, 30 de novembro de 2010
Sonhos, apenas sonhos
sábado, 27 de novembro de 2010
«era uma criança .... Hoje também sou porque te tenho a ti que me provas que afinal não foi mau de todo ter crescido..»
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Sussurros transparente entre estrelas cadentes
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Era uma vez...
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Vendedor de flores
Sua loja, não tinha hora de abertura e de fecho. Vendia as suas flores por amor e não por dinheiro. Por isso, acordava cedo para viajar até o seu cantinho. Vendia suas flores para cobrir as ruas de pregões de amor eterno.
Era um vendedor de flores, que sabia ao certo corresponder a cada espinho pregado no coração de alguma alma desesperada para com a sua flor pedir um perdão. Correspondia aos homens apaixonados, que iam em busca da melhor flor, a mais forte e esplêndida para dar a sua parceira num dia especial. Vivia numa zona piscatória, muitas já foram as vezes que floriu corações de amargura de esposas que sofreram com a morte dos seus queridos pescadores no alto mar. Sabia, sempre qual a flor que correspondia a cada pessoa mesmo antes de ela o dizer. Gostava do que fazia, e era muitas as vezes que ensinava os seus filhos a tratar de cada pétala de flor. “Um vendedor de flores a ensinar seus filhos a escolher seus amores”.
Quando sentia que suas flores necessitavam de carinho, fechava sua loja, sem se quer olhar para o relogio. Dedicava seu tempo a elas, retirava as folhas secas , regava com todo o seu amor e delicadeza. As flores são frágeis, sensiveis, sempre disse aos seus filhos que as flores são belas concluindo que belas são as coisas frágeis.
Sentado na sua candeira de baloiço, contemplando as flores relembrava uma tarde de inverno, à muito tempo atrás. Ainda era novo de carreira, nem tinha um cantinho como hoje tinha, por isso vendia seus ramos pela rua. Nessa tarde fria, encostou-se a uma árvore. O dia não tinha sido muito bom e já pensava ir para sua casa. Quando do outro lado da rua viu uma mulher a acenar. Quando ele a percebeu, ela mudou de gesto, e apontava para ele. O vendedor de flores olhou-se. Era o ramo. Ele mostrou-o, erguido em frente de si. Isso mesmo, ela confirmava com um sorriso nos lábios e nos olhos. O próximo gesto viera depois do sorriso. Ela coçava o indicador com o polegar de uma das mãos. Dinheiro. Ele olhou as flores. Olhou o céu e reflectiu, negou. Negou, com um gesto firmo do dedo indicador. E ergueu de novo o ramo em direcção à mulher. Não entendeu, ergueu os ombros e as palmas da mão. Quando o sinal vermelho deu lugar ao verde para os piões, ela deslocou-se ao vendedor. Encontraram-se os dois no meio da calçada. Não vende? Não posso, não são minhas. Ah. Olhava decepcionada. São suas. Ela colheu-as no seu peito e agradeceu. Nunca mais viu esta mulher, mas sabia que um dia a tinha feito feliz e isso alegra seu peito de flores.
Casou, passado muito tempo.
E hoje, estava casado à vinte e cinco anos. Na sua loja, enquanto sentado e a relembrar aquele dia tão feliz reconheceu gestos familiares, olhares comuns e não acreditou. Fechou a sua loja e correu até sua mulher e perguntou se algum dia um vendedor lhe tinha dado um ramo. Ela confirmou, com o olhar.
domingo, 10 de maio de 2009
Marinheiro dos sonhos
E encostada à parede fria ela continuava a pensar no seu marinheiro de sonhos. Não se importava das suas mãos ásperas de tanto trabalhar ou dos rasgões de anzóis ancorados na pele queimada de tanto sol apanhar.
Nos primeiros raios da madrugada recolhia-se então para os seus lençóis cor do mar e com a sua almofada acreditava que um dia nessa mesma almofada iria encontrar um pouco de sal da noite passada com o seu marinheiro de sonhos.
domingo, 26 de abril de 2009
Viajante sem mala nem mapa
No vaguear da noite encontra-se o verdadeiro sentimento, absorvido pela raiz dos sonhos. O corpo cansado, do dia recordado nesta noite cerrada, que se sente a claridade. A valsa dos sonhos é então dançada, com os acordes do coração.
É então, que os sonhos começam a comandar a vida como criança que pula com balões na mão. Na ausência de vozes, de barulhos excessivos e do ruído de todos os dias que se ama a quietude das coisas, o som do vento, o vagar do mar, o fim da tarde, o torpor do poente.
Do imenso terraço onde não chegam vozes e o silêncio se estende sobre as coisas, vê-se o infinito. Um mundo de luz e sombras que se desvanece até ninguém poder dizer onde acaba a terra e começa o céu.
É um viajar no tempo, onde o tempo nem sequer tem horas. É um viajar sem mapa, procurando o desconhecido sentido, destino.
Uma fuga desenfreada e uma pressa incompreensível, desatada numa correria. Um medo como veia dilatada, aparece depois da coragem de se levantarem. Ter a certeza de alguma coisa é extremamente impossível. Tudo é possível e tudo é permitido, tudo sucede em alternância. Abre se a porta para a viagem, decifrando a matéria que é mais do que matéria, a que chamamos corpo. E querendo acreditar na voz que nos canta às escuras até adormecermos.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Tranquilidade do final da tarde
Planície de areia
Com ervas rasteiras num voo ritmado
Onde o vento quebra ligações.
Uma espera contínua
Pela primeira estrela, reflectida
No luar como sol no mar
Reflexo de espelho
Perfumado de natureza rara.
Um ir e vir
Sem hesitação
Arrastando areias
Cintilantes
À procura de novos caminhos.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Por favor, o teu «para sempre» diferente de todos os outros
Não quero este tipo de para sempre
Para sempre, que aparece no inicio
Mas nunca vem num final
É um para sempre das tuas palavras
Por favor, o teu para sempre.
Todos perdem muito tempo
Às voltas na cidade
Deixando voar os seus para sempre
Mas eu não quero que isso me aconteça
E agora espero poder encontra-lo em ti
É um para sempre das tuas palavras
Por favor, o teu para sempre.
Como um relógio sem ponteiros
Infinito tempo
Para sempre, sempre aparece no início
Mas nunca vem no final.
É um para sempre das tuas palavras
Por favor, o teu para sempre.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Hora de ponta com colisão de corpos
Desenho as alçadas do teu corpo entre os carris.
Outros preferem a condução do próprio veículo, esquecendo-se da condução dos seus sentimentos.
Cumprir os acabamentos teus de aço polido no meu alcatrão duro. É um ir atrás, deixando tudo a monte e depois arrasar a terra, planar e planear. É abraçar-te sem ninguém perceber quando passarmos entre gentes, despercebidos. E iluminar as linhas cinzentas e indígenas do nosso metro.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
o tempo errado dos amores
Correria nos recreios, princesa e príncipe nos jogos da escola.
Cartas amorosas escondidas.
Sonhos na palma da mão, como se fosse balões presos por fios de prata.
Criança pequena sem desejo de o ser, com meia dúzia de sonhos tolos na mão
Descoberta do paralelismo entre o choro e o sal.
Criança cresce, suas mãos também e há uma maior capacidade para
Desejado pela criança nascida, indesejada para crescidos.
É uma descoberta do coração mais pequeno para os sonhos e maior para os medos.
Sonhos deixam de ser balões.
Desejo dos sonhos de novo na bata aos quadradinhos.
Como é que a criança com a sua mão tão pequena segura muitos mais sonhos que a vossa?
Silêncio como resposta, só provocará sorriso triste à criança que já esteve em vós e
Ela estará sempre a acreditar que entre o correr silencioso de uma lágrima, podemos sempre encher mais balões.
terça-feira, 7 de abril de 2009
amor...
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Menina tradição
Em cima da mesa está uma única peça de roupa, amarelada de tanto tingir, para mais tarde remendar. Talvez depois de um final feliz da telenovela que aquece as rugas de tardes inteiras a cavar e a semear em cada estação vinda.
Num corococó, vindo de lá de fora da minha infância, acordo e fujo sem ninguém dar conta. Consome-me já uma saudade melancólica da tradição que existe à minha volta, como a falta que se sente de alguém que se sabe que se vai perder, mesmo ainda não o tendo, de facto, perdido e ainda o tendo nos braços.
Quando sorris os teus olhos parecem infinitos campos verdes
Estava a olhar para o reflexo em que dias meus cobriram a minha pele em mil sóis.
No meu quarto a janela está semiaberta à espera de um clarão na escura madrugada. Acordo muitas noites com barulhos, vindos de lá de fora, imagino a tua subida pelas grades acima. Depois de uma espreitadela vejo um gato a virar a esquina. E as estrelas caem e vão para a gaveta. E os monstros escondem-se no meu armário.
Como numa historia de encantar, eu deixo a janela aberta à espera que o príncipe entre e me prometa felicidade para sempre. "Porque é que nas histórias de Príncipes e Princesas nunca contam o medo que ambos sentem com a possibilidade de se perderem?"
Mil e um beijos quero de ti. Deita-te a meu lado, rasguemos a noite com os nossos corpos. Nem os lírios têm olhos tão doces, afagarei os teus com os meus dedos, e adormeceremos na certeza da perfeição.
domingo, 5 de abril de 2009
sexta-feira, 3 de abril de 2009
A rainha e a corte real aplaudiu, adorou... mas eu só quero o meu troféu de volta
Pesquisando como serei, sozinha, a rainha do meu coração. Ontem, no meu sonho, encontrei o bom amor. E o meu coração pegou fogo como uma casa, onde o bombeiro corre para o apagar. No sonho, foi o mágico que socorreu e apagou as chamas vermelhas. O troféu que eu fiz para nós de pele de animal e ouro foi vendido, caiu em mãos erradas. E todo o homem que o tocou achou um paraíso na terra.
Paraíso é um sentimento que eu sinto nos teus braços.
Eu desejo o nosso troféu de volta. Não para vender, mas para colocar no meu coração e ambos podermos admirar.
domingo, 29 de março de 2009
o amor entre almofadas
A felicidade tem a temperatura do teu colo. A chuva a fechar a noite, os cobertores a aquecerem-nos o coração. A tua mão no meu cabelo. O mar podia entrar agora pelo chão da sala, invadir o sofá, que nem assim eu acordaria.
sábado, 28 de março de 2009
Ver-te é como ter à minha frente todo o tempo
domingo, 15 de março de 2009
Quando as personagens ganham vida
quarta-feira, 11 de março de 2009
Tiradas pelas ruas e ruelas da minha existência
Ao longe, as aves rodopiam num símbolo de amor e vão de encontro com as nuvens. Eu estou ali mas ando a vaguear por outros pontos do globo, ao mesmo tempo; ninguém mais sabe.
Sou feita de sonhos que flutuam pelo ar, nada mais tenho para fazer de chão. Nestas caminhadas, entre ruas e ruelas agarro cada um deles e mil risadas no ar. Eu relembro, alguns vaguei-os onde a rua terminava numa porta mais alta que as árvores ao fundo dum beco. Sentada no chão, sentia-me como quando era muito pequena e não sabia o caminho para casa.
Vivo com vontade de devorar todas as parcelas da vida e confesso o meu medo de entregar o mundo que sempre quis salvar. O arrependimento senta-se comigo na cadeira de verga, fazendo-me sentir velha como aquelas que fumam cigarrilhas e relembram o passado ao sabor da nostalgia.
É no olhar para o céu que eu me reencontro, é a maré vaza que leva toda a minha tristeza, é devagar que me deixo planar no vazio da noite até tudo acalmar ao meu redor.
Guardo os dias no meu peito, agarro a vida nos braços, desamarro a solidão e vou de encontro com os sentidos.
quarta-feira, 4 de março de 2009
« não penses que a poesia, é só a caligrafia num perfeito alinhamento, as rimas são, assim como o coração.»
Limite do infinito, horizonte de linha imaginável. Incansável aos bravíssimos marinheiros, indiscutível aos pensadores apaixonados.
Medonha vida, sempre questionável, interrogada. Bravos e bravíssimos os risonhos desta vida. Tranquilizados pelas gotas caídas, desfeitos pelas tempestades vindas.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Para vocês, que um dia já foram meus amigos.
- Deixa-a em paz, ela saberá o que anda a fazer. Um dia quando precisar de nós eu já não vou estar aqui.
- Oh não digas isso. Eu gostava de a perceber.
- Não sejas tão ingénua, quando precisas dela, ela não está aqui, quem está? Eu. Por isso dá-me atenção a mim. E deixa-a no seu mundo.
- Talvez tenhas razão.
Os vossos diálogos nada me dizem. Não vivo no meu mundo como podem pensar, simplesmente só me dou a conhecer a quem se dá a conhecer a mim.
Outra realidade que o sonho despertou. Os outros podem ser melhores, mas eu cá saberei distinguir-me do rebanho. Acordar, vestir e caminhar até ao cubículo que nos ensinam alguma coisa para o nosso futuro. Bater o pé, bufar, respirar fundo e ter cara de frete, sempre á espera que a campainha toque, não é sem dúvida para mim. Serei muito mais que uma adolescente na carteira á espera que alguém a desperte. Eu despertei por mim. Não me olhem como estranha, como ridícula. Porque o rebanho é que é ridículo, é o único que não consegue sobreviver feliz nesta sociedade. O amanha pode não existir, por isso não vale de nada deixar as coisas para depois.
E no meu dia-a-dia, basta olhar para o lado para ver grupos de pessoas com códigos de barra, à espera que o amanha seja melhor que o de hoje. É por isso que me afasto de vocês, não tenho paciência para ser amanha. Quando se joga pelo seguro, como vocês, ser mal visto, nunca acontecerá. Serão sempre os bonzinhos que estão ali. Não arranjam confusão nem desarrumação na vossa mente. Mas, como existe sempre um mas, não serão certamente vocês. Não terão opinião ou naturalmente a vossa opinião será condescendente. Digam o que têm a dizer, os que vos aplaudirem vão vos achar lideres. O ser normal já ninguém suporta, retirem a vossa mascara e não joguem pelo seguro. Quem disse que sermos nós próprios não magoa os outros?
Se nasci, não é para lutar por um futuro melhor, não é para ser médica, ter dinheiro e ser o que a família espera de mim. Se nasci, é para lutar pelo hoje, é para trabalhar no que quero, o dinheiro virá depois como recompensa da minha luta pela felicidade e nasci para ser o que eu espero de mim.
E a vocês, que um dia já foram meus amigos, não se esqueçam que estão a fazer parte do rebanho.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
A escrita dos meus dias
As palavras são teias de letras, todas têm um significado. Contudo nem sempre conseguem abandonar o nosso interior e permanecem amarradas como parasitas.
Escrevo todos os dias que passam, transformo a realidade, o presente em futuro, o passado em presente, transformo a minha realidade em histórias que me deixam sonhar e conhecer a pessoa que sou. Escrevo não para contar a minha vivencia mas para ir para o mundo imaginável, onde posso ser quem eu quiser. Posso-me abstrair do mundo exterior e sorrir. Sonhar mais uma vez. Para mim as palavras são muito mais que palavras, conseguem ser o transporte que me leva para o tal mundo imaginado onde eu sou a rainha da minha felicidade, onde consigo conhecer o interior dos meus olhos azuis. E por isso escrevo e continuarei a escrever… continuarei a sonhar.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
«But on and on From the moment I wake...»
Ao fundo da rua, no virar da esquina à esquerda a noite é fria. A noite é fria quando não encontramos a mão amiga. A noite é vazia quando o calor passa a não ser humano. Torna-se longa e sem caminho e as estrelas confundem-se com poeira e dor. A almofada torna-se o único recanto onde as lágrimas se evaporam, onde o coração descansa, onde o sono aparece entre o recto e o oblíquo do nosso peito.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
A dança que dá energia para amanhã acordar
A dança codificada entre ritmos
Será impossível alguém acompanhar e agarrar.
O espaço está desocupado e livre
Basta deslizar o pé e rodar a anca
Quebrar o silêncio com ritmos
Será impossível alguém atingir este patamar.
Suor quente e húmido escorre
Raiava e vontade de chorar é lançada num movimento de dança
O sorriso predominara, só vos deixando de pé atrás.
Corpo usado para movimentos improvisados
Acompanhada pelo compasso da musica envolvendo a expressão de sentimentos
Dança, escrever com o corpo
Alongar-se, encolher-se,
Rodopiar,
Inclinar.
Dançar, tocar música com gestos, com os pés
Mãos cintilantes que escrevem versos no ar…
Rosto parece cheio de luz
E não revela os sofrimentos
Nem os cansaços…
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
A viagem que um dia me tornou rei da selva e da minha própria vida...
Decidiu faze-lo ao por do sol, longe de toda a sua comunidade. Colocou-o numa cesta enquanto dormia, cobriu-o com amor, conforto e bem-estar, fazendo-o sentir-se amado e compreendido.
Ela era uma boa mãe, “comunicava poeticamente com o seu bebé”.
Sentia-se cada vez mais incompleta, enquanto via seu filho desaparecer, entre correntes, foi levado, até ficar numa margem fria, mas ao mesmo tempo sossegada.
Os elefantes todos os dias costumavam deslocar-se até ao rio mais próximo. Hoje, assim o fizeram. Uma fêmea encontrou o cesto e com a sua enorme tromba o agarrou. A tromba do elefante serve para sentir cheiros, defender-se, absorver a água, transportar alimentos, mas também serve para acariciar. Não compreendeu, mas sentiu o desespero da mãe que o largou nas águas á espera que alguém o encontrasse e lhe mostrasse o quanto a vida pode ser boa.
A criança cresceu na manada, dormia agarrada à sua mãe elefante e caminhava pela floresta em cima dela. Sentia se feliz com a sua família. Quando os seres humanos andavam á caça ele tentava protege-los e quando algum era atingido ele sofria como se lhe tivessem atingido o seu próprio coração.
Todos os dias ela ia refrescar-se ao riacho. Sempre á espera de um sentimento de paz, de um conforto, de aconchego, de uma energia que a fizesse acreditar que ele hoje seria o rei da selva ou o rei da sua vida.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Serei(a) unicamente do mar
Cumplicidade de maresia, identidade como respiração de brisa marinha e a agitação das ondas enrola cabelos em algas mais profundas. Resgata devagarinho suave mar, beija ligeiramente as curvas do corpo. Deixa-me ser totalmente tua, deixa-me pertencer a esse teu mundo salino. Recupera as mágoas e transforma-as em felicidades, canta aquele canto molhado e lindo, num vai e vem (des)conhecido.
sábado, 24 de janeiro de 2009
« Livre e verde a água ondula, Graça que não modula, O sonho de ninguém »
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Caminho das almas
Era um prédio com uma universalidade de janelas inimaginável, cada uma com uma vida para ser descoberta. A noite aproximava-se e era fundamental que alguém acendesse a luz de cada uma. As almas necessitavam muito mais que um brilho vindo da luminosidade, era a hora de acordarem e rejuvenescerem.
Era uma menina que atravessava todos os dias a rua da vida com o almoço guardado. Ninguém sabia o que ela guardava dentro de si. Usando o mesmo vestido de à dias, ela escondia as feridas com linho e seda. As conversas divagavam, mas ela nada perguntava. Era difícil perceber a dor por de trás de uma mascara. Aguentar uma tempestade secreta.
À chuva e ao vento ela permaneceu, tornando-se forte como uma pedra, num mundo onde já não consegue revigorar. Os seus sonhos deram lhe assas para alcançar um lugar onde seria amada.
Menina de cabeça rebaixada, corpo desprotegido, alma despedaçada, coração partido que o mundo esqueceu...
domingo, 11 de janeiro de 2009
Os estados do silêncio
Foi no mês de Fevereiro que ela se arrastou na despedida, como caranguejo na maré vazia. Construiu caminhos, pontes e navios. Nada disto ele viu, nada disto lhe contou, nada disto era dele. Reconstruiu o banco de cal que tinha no seu jardim para contemplar o céu numa noitada onde a lua pousaria á noite. Que erro cometeu, todas essas noites recordava em silêncio aquele fim de tarde. Estavam os dois deitados na cama nus e tinham acabado de fazer amor. Um silêncio instalava-se, tão familiar, tão intimo, tão intenso, mais intenso do que tudo o resto. O silêncio de hoje era diferente, cinzento, aéreo, triste e desesperado. O silêncio colora-se de todas as infinitas tonalidades das nossas vidas.
No Outono, do ano passado, quando os pores de sol eram mais bonitos ela ia falar mesmo quando o sol ia atravessar a linha do horizonte. Com delicadeza ele colocou o indicador na boca. Que gesto bonito, o indicador sobe os lábios, usado desde a mais tenra idade.
E arrancou a página da sua agenda onde tinha o nome dele e o seu número. Veio a seguir Março e com ele apareceu a primavera. Viu os passarinhos saírem dos seus ninhos, reconstruiu melodias e viu aparecer as primeiras flores. Contemplou os dias ficarem mais longos e o sol mais radiante. E nada disto, jurou, ser dele.
“E foi assim que descobri que todas as coisas continuam para sempre, como um rio que corre ininterruptamente para o mar, por mais que façam para o deter.”
sábado, 10 de janeiro de 2009
Onda curiosa
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
«Mendigo dos meus olhos, porque tens medos, revela-me os teus segredos e não escondas essa face de mistério...»
Ficava a vê-lo desaparecer rua abaixo, a desejar que existisse alguma alma, em alguma parte do mundo, capaz de o consolar.
Senti o meu corpo necessitar de alimento e não hesitei em entrar no supermercado. Toneladas de alimento estavam ao meu dispor e outras mais dentro do armazém à espera de um lugar na prateleira. Com tanta comida à nossa volta parece mesmo impossível que exista pessoas a morrer à fome, mas esquecemo-nos que para entrar naquele supermercado necessitamos de uma senha a que chamamos dinheiro.
A fome passou-me e reparei que não se tratava de fome mas uma vontade de comer. Sentei-me num banco do jardim e reparei no hospital que estava bem ao longe. Perguntei-me a mim mesma o que me aconteceria se partisse uma perna. Alguém iria chamar uma ambulância, que me transportaria até ao hospital onde seria tratada por um médico que estudou toda a sua vida para tratar corpos partidos. Seriam simpáticos comigo e se tivesse que ficar internada seria visitada pela minha família. Agora, porque é que as pessoas com problemas cerebrais vão ser tratadas de maneira diferente. As causas dos sem abrigo são disfunções cerebrais. Quer se trate de um caso de maníaco depressão, esquizofrenia, alcoolismo, comportamento anti-social, falta de gestão financeira, o problema está dentro do cérebro da pessoa. Ajudar a recuperar este mau funcionamento do cérebro levaria a uma diminuição de ‘moradores de rua’.
Mas não fazemos isso. Quando vemos um ‘mendigo’ o que acabamos por fazer? Lançar olhares intimidadores?
Perdi-lhe o rasto no dia que esta calçada deixou de me pregar partidas.
Tua imagem reflecte-se
sábado, 3 de janeiro de 2009
«She walked by the ocean, And waited for a star, To carry her away...»
Mas em dias como este em que não temos o ombro amigo e que parece que o sol não despertou para nos dar um dia feliz, apetece-me ter uma voz doce a dizer baixinho ao meu ouvido:
Shhhh… não tenhas medo do escuro. No escuro também estão as tuas fadas, as tuas magias, só que como em todo o lado as luzes também se apagam e todos precisamos de descansar. (Eu sei que tu não sabes, mas as fadas, as magias e mesmo os teus sonhos, também precisam de dormir). Fecha os olhos e descansa. Relembra o sorriso dos teus amigos. Aprecia o amor tão forte que quase se toca. Sente-o a fazer-te festinhas nos dedos dos teus pés, enquanto adormeces.
Deita fora o coração machucado e pinta um novo, ainda mais bonito. E acredita mesmo que amanha acordes sem ter os lábios dele nos teus, a mão dele na tua, vais ter uma noite feliz.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Essência
Deixa-me argumentar.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Só quero...
coragem.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Vive o presente e alcançarás a felicidade
Depois de um dia de trabalho e de limparem a sua dupla personalidade, olham ao espelho e desejam a felicidade. Uns lembram-se de tempos passados e de como eram felizes, outros imaginam que se fossem desta forma ou daquela conseguiriam atingir a felicidade, outros recordam as suas desgraças, choram por perdas e esquecem-se que todos temos dessas desgraças. Todos estamos cheios de mortes, de erros cometidos, mas estas pessoas dedicam-se a relembrar continuadamente essas circunstâncias. Ainda existem outros que olham o espelho, pensando que depois do curso acabar, depois de fazerem aquilo e aquilo vão atingir o mais esperado. Esquecendo-se que nunca serão felizes porque quando alcançarem o que realmente queriam existirá sempre outras coisas incansáveis.
Enquanto perdes o teu tempo a desejar a felicidade, eu vivo mesmo ao teu lado, e tu ainda não deste conta.
Talvez procures a magia em locais mais longes, sem olhar, nem que seja uma única vez, à tua volta. Eu estou aqui mesmo ao teu lado e tu nem sabes que eu existo. Se calhar para ti é algo sem importância. Deves-me considerar uma pessoa oca, sem objectivos a atingir, sem argumentos válidos para ser feliz. Mas ao contrário de ti, eu preocupo-me contigo. E sei que estás mesmo do outro lado da parede do meu quarto. Na verdade partilhamos a mesma parede, chego por vezes a tocar nela para te sentir, perto de mim.
Vivo mesmo ao teu lado, não sei como ainda não deste conta.
Os domingos são passados em família, todos cooperam nas tarefas, e dou por mim a ver-te sorrir. Muitas vezes parece que também olhas para mim, eu desvio o olhar, mas depois reparo que tinha sido uma ilusão. Esta ilusão que me acontece muitas vezes, enganando o meu cérebro, deixando o meu inconsciente confuso por alguns instantes fazendo com que este capte ideias falsas e preencha espaços vazios.
A tua vida é agitada e muito ocupada. Existem noites, que espero que feches a porta do teu quarto para te sentir a deitar, mesmo aqui ao lado. Esta noite é uma delas, e ainda estou à tua espera, espero ansiosamente que feches a porta, e que me deixes mais uma noite imaginar todos os teus passos, todos os teus sonhos.
Anseio pelo dia que te vou poder ensinar que a felicidade pode estar mesmo do outro lado da parede e de nada vale andarmos por aí a desanimar, correndo desesperadamente para a encontrar.
A felicidade consiste em dar valor a cada momento presente, um sorriso de um ser querido, uma palavra de um amigo amável, uma comida deliciosa, um por do sol fantástico... Aí esta a felicidade, não é nas grandes coisas.
Se qualquer aspecto do passado ou do futuro condiciona nosso presente, que é o único que existe, então nós estamos equivocando da raiz e perderemos o presente. Temos que recordar o passado, já que nele reside nossa experiência, e temos que prever o futuro, mas sempre sem condicionar o presente.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Vagueando...
Para onde caminho eu, que trilho optarei neste mundo, onde tocar no céu já não chega.
Devaneando sozinha pelos caminhos estreitos, pessoas ultrapassam a minha magia, rodeadas de interrogações. Pensativas, sem encontrar a resposta, estranha mas obvia, por me encontrar sozinha. Cercada por apáticos e indiferentes não quero estar. Os obstáculos desta sociedade são sublimes, futilidades, banalidades e indolência. Aprisionam-me como um cordão umbilical, a luta por não ser alimentada por todas estas farsas, é grandiosa.
Magia encontro nas madrugadas quando atalho entre caminhos, estarão eles vazios, mas sempre com um toque particular que os torna únicos. Sou feliz quando encontro a minha identidade e sei que ás vezes é necessário uma chuva que afogue o mar que me olha, todos os dias, cheio de fragmentos do que fui e deixei.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
O passar do tempo
Depois de uma travagem, uma pessoa entra com mais energia. Não consigo entender o seu discurso, mas tento. Resmunga com o condutor. Talvez seja por este ir distraído e o fez esquecer que tinha gente na paragem á sua espera. Eu carrego no stop, para abandonar esta rotina e deparo-me com a senhora, que eu até a conheço de infância, apesar desta já não me reconhecer, sim é verdade cresci e já não sou aquela menina pequenina que pulava a todos os minutos, tenta dialogar comigo dizendo "com a pressa com que o condutor vai, vais atrasa-lo". Ri-se e eu também esboço um sorriso, sorriso este natural... já chega e abandono o autocarro percorrendo as ruelas, olhando para a direita e para a esquerda, de vez em quando para trás... Até chegar ao meu refúgio, onde ninguém me pode encontrar.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Aos demais...
Se eu deixasse o meu coração sentir, hoje ele estaria despedaçado. Seguir em frente é uma coisa fácil, o difícil é o que deixar para trás.
O sono já não sente mais dor e a vida está cicatrizada.
Prazeres violentos e emoções fortes
O homem está pois preso na sua própria condição.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
" Gato que brincas na rua...
Já alguém dizia " Exprimir-se é dizer o que não se sente", mas hoje eu gostava de te ouvir, gostava de te conhecer, gostava de te encontrar.
Relembra-me. Relembra-te. Relembra-nos. Recorda o álbum que completamos, esfolheia cada momento teu, meu, nosso.Vive e não desesperes pelo passado. O passado já foi escrito, agora preocupa-te com o presente. Com hoje, não com o ontem nem com o amanhã. Qual a definição do mundo? Tu completas ou destróis a tua vida. Nem hoje nem nunca é dia de desistir, lança as cartas e joga.
Ó gato que passeias na tua rua, na tua alegre inconsciência. Deixa-me ser assim como tu. Deixa-me ter a minha alegre inconsciência e a consciência disso. Seria eu então mais feliz.
sábado, 6 de setembro de 2008
«A chuva ouviu e calou meu segredo à cidade…»
Uma caiu em mim. Será que era esse o destino ou foi um sopro de vento que lhe alterou o caminho. A vida tem destas coisas troca-nos os planos sem sequer pedir, sem perguntar a que é que tem direito. Sem lhe importar o que nos faz sentir.
Abracei o nada e dancei ao som do violino do teu coração. Senti a frescura do momento, o vestido molhado e rodei. Rodei com as primeiras folhas que caem da árvore, como olham com entusiasmo. Também a arvore me quer acompanhar então desprende os seus ramos e deixa-se contaminar pelo momento. Hoje pela primeira vez não se chateia com o vento e com a chuva e dança ao som do violino. A rua está deserta, fria, molhada e triste para os olhos comuns, mas para mim todo o momento está acompanhado com a tua música, que me faz mais um vez esticar os braços, levantar a cabeça e rodar. Experimenta a felicidade quem saboreia de olhos fechados e de braços abertos gira ao sabor do vento como um moinho. Vou deixar a chuva morar na minha janela e dançar ao seu ritmo, guardando cada gota da vida, dando asas a uma respiração desamarrada.
E tu gota que estás no chão a reflectir o meu rosto. Serás feliz?
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Mas de quê? De rasgar o peito. Com quê? De morrer com a paixão.
Olhei o horizonte e realizei uma viagem sem sair do meu lugar. Desenhei uma ponte até ao outro lado onde pudesse perder o peso dos dias que fica agarrado á pele.
A vida é tão vazia e apressada, os dias são tão tristes se te esqueceres de viver, agarra o mundo com as tuas mãos e acende todos aqueles momentos onde se esconde os teus sentidos. Não te preocupes se errares, faz parte sermos um pouco perdidos, faz parte corrermos atrás dos sentidos, faz parte começarmos de novo, se perderes o caminho de certeza que o vais encontrar nos perdidos e achados.
Agarras a minha mão com a tua dizendo que me estás a salvar. De quê? De viver o perigo. De quê? De rasgar o peito. Com quê? De morrer com a paixão. De quê? Se o que mata mais é não ver o vento soprar o coração.
Agarras a tua vida com as tuas mãos bem fechadas e esqueces-te que ás vezes quando não existe chão, nem rede debaixo de nós a queda é maior. E tens que as abrir. Nesses dias pedes-me para te salvar. De quê? De sentir o coração acelerado. De quê? De sentir as lágrimas do coração. Com quê? Com o amor. De quê? Se o que mata mais é não sentir os momentos é não saber se o nosso coração ainda está vivo.
Abraça-me bem.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Abandono e desamores
Então eu olho para ti quando adormeces, desenho a tua mão em mim a forma do teu corpo em mim, assim em paz. Como seria bom se o mundo fosse assim.
Batalhas perdidas, armas descarregadas, há corpos caídos no chão frio, sem ninguém que os arranque, sem ninguém que estanque.
Então eu desenho-te em mim. Assim em paz.
sábado, 16 de agosto de 2008
"E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz existe a tua voz"
Leve luz me impulsionou, um olhar provocou. Uma nuvem tapou, sentimento de culpa avistou.
Maresia cheirou, os meus lábios te tocou.
Fim da tarde avistou, homem racional voltou, com perguntas despropositadas me desfez...
Silêncio quebrado.
Sonho. Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo-me. Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma.
Se existo é um erro eu o saber. Se acordo
Parece que erro. Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.
Não tenho ser nem lei.
Lapso da consciência entre ilusões,
Fantasmas me limitam e me contêm.
Coração de ninguém."
Fernando Pessoa, 6-1-1923
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Se o molho diminuir muito, junte um pouco de água.
Os livros estão no chão abertos em páginas, deixando-se ler e perceber. Libertam as suas palavras ao vento, esperando que as mensagens sejam lidas, interiorizadas e exteriorizadas. Anseiam provar emoções e sentimentos. Desejam inspirar grandes ou pequenas... reacções.
Passo a mão entre os nós do meu cabelo. Que raio, aqui está tudo num meio-termo, não são caracóis nem deixam de ser, não é noite nem dia, não existem sins nem nãos. Uma prisão de mais ou menos, está tudo num centro que nem é centro, é tudo e é nada.
A cama está desfeita, um lençol branco no chão, amarrotado, espalhado. O telemóvel num canto á espera que lhe dê vida. Mas hoje ele vai acabar por se desligar sozinho.
A roupa que me cobre o corpo, vai caindo pelos quatro cantos. Deixo a água escorrer pelo meu corpo. E bebo um pouco de água.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
All of my memories....
Procuro incessantemente na gaveta das recordações o dia em que te conheci. Procuro pistas que me levem a saber o porque de te ter deixado tocar-me. A gaveta tem desejos, descobertas, risos, lágrimas, tem os dias idealizados e dias que me levaram a ti.
Descubro, por fim, um resquício difuso do dia em que nos encontrámos pela primeira vez. Recordo, aquele abraço ao som do mar, que concretizou a sombra mais bonita de alguma vez, mas não deixo que me bloqueie a mente uma vez mais. A sombra de hoje é só minha, pode não ser tão bonita para os demais, mas para mim esta sombra tornou-se única, descobri que nela está a união e a simplicidade. Palavras que tu soubes-te quebrar.
Nunca me cruzei contigo depois do último olhar, depois da tua rejeição. Mesmo tendo a sensação que a recordação de tudo que senti contigo vai aparecer, talvez até um desejo de sentir os teus braços. Mesmo que paremos, de novo, frente a frente, para tentar uma vez mais, temos um problema. O semáforo ficou vermelho para sempre.
O carro vermelho arrancou no semáforo verde. E eu continuei no passeio reconstruindo o bloqueio da mente.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
«E eram os brancos da sombra nascidos do mar pelas naus, Guiados pelos ventos do céu e pelo voo das aves.»
Levantei-me e senti a brisa matinal. Apreciei o cinzento do céu, do mar e a transparência das gotas de chuva. Pensava em ti.
Com um chá quente na mão, sentada na pedra do jardim abrigada da chuva, a brisa caminhou até mim enroscando-se por detrás do pescoço conseguindo levantar o meu cabelo. Arrepiei-me.
Apesar da chuva o dia não estava frio. E fui passear pela areia molhada, moldei as minhas pegadas que mais tarde o mar as levou. Parece que as guardou como se fosse um segredo só nosso e mais ninguém tivesse o direito de as apreciar. Notei que não foram só as minhas que ele guardou. As pegadas de um pardal que pousou também foram levadas, entre correntes, marés e maresias.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Um amor como o do Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
Outono chegou mais cedo do que esperava. Rompendo a nossa união. E a alegria deu lugar à tristeza.
Luto todos os dias para o Inverno não chegar. Não quero ter a confirmação que o nosso amor é impossível.
"Pata com pato, pomba com pombo, cadela com cão, galinha com galo, andorinha com ave, gato com gato." Será esta a lei da vida? (Não a queres quebrar?)
E o que sinto por ti, será mesmo amor impossível?
domingo, 20 de julho de 2008
« como a queda dum sorriso p'lo canto triste da boca, neste vazio impreciso só a loucura me toca. »
«Esperei por ti todas as horas. Frágil sombra olhando o cais. Mas mais triste que as demoras. É saber que não vens mais.»
Costumava mandar-lhe uma mensagem de 'Bom dia’, à espera de um convite. Só quando ele queria ter a certeza que não ficaria em casa, quando ele não queria largar o nosso encontro ás mãos do acaso, a mensagem chegava brilhante e esplêndida. E as bolas de cristal ocupavam o lugar dos meus olhos.
Caminhava sozinha entre ruelas e avenidas para conseguir alcançar o momento de te ver sentado de costas, como uma criança a pensar no seu mundo ideal. Quando me via abraçava-me. Ele era 'grande' e os seus braços abrangiam o meu corpo por inteiro e enterrava a minha cara em seu peito. Como era bom sentir-me protegida.
Dava-me a mão para atravessar aquela corrente, aquele tumulto de gente. Gostava de ouvir o mar, apreciar a brisa despertar e sentir a areia. Por isso era para onde caminhávamos, entre conversas. Ele falava muito, era uma alma solitária, repleta de misticismo, com uma vontade gigante de exacerbar toda a complexidade do mundo. A mim, só me competia a tarefa de o ouvir e deixar descansar.
Enquanto o sol hesitava entre acompanhar-nos ou deixar-nos, despertávamos sentimentos, riamos e chegávamos a chorar.
Deitados na areia, com os olhos fechados, sentíamos a respiração um do outro. E quando os abria dava com ele a olhar para mim. "És linda..."
Perdi-lhe o rasto, hoje sou eu que estou sentada de costas como uma criança a pensar num mundo ideal.
"Nunca deixei de te ouvir"
sábado, 19 de julho de 2008
9,8,7,6,5,4,3,2,1
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Procurei por ti no forte
Lá estava eu mais a fogueira, os morangos mas sem ti.
Não sei se estiveste lá, adormeci com a solidão naquele confortável clima.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Pegadas apagadas
Ninguem se lembra de nada, ninguem sabe de nada, secalhar tudo passou de um sonho e eu hoje acordei e reparei que não estavas aqui.
Corri até á praia para encontrar as nossas pegadas, mas não encontrei. Deitei-me na areia, fechei os olhos e lembrei-me do momento. Acreditei que quando abri-se tu estavas deitado a olhar para mim. Senti algo ao meu lado e depressa abri os olhos e reparei que era o pardal.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Ao lado da tua liberdade
Viver sem viver. Amar sem amar.
O olhar desviou-se para ver tudo que nunca viu. Amigos com direito e sem direito de te ter sempre.
Momentos, sentimentos, desejos e sonhos. Eu marcho sozinha neste mundo mas tu já me disseste que ias marchar ao meu lado.
Se quiseres compartilhar as tuas asas eu nunca as vou cortar. Porque é isso que te faz alcançar as nuvens. Se hoje tu quiseres desaparecer eu te peço para me arrancares a raiz. Eu te peço.
terça-feira, 17 de junho de 2008
TrituraDOR(a)
Desejo-te sorte e amor. Parte para o esquecimento, porque eu já parti.
Queima. Queima o céu e a dor. Queima o meu espírito. Queima o amor e a luz.
Sai um demónio, um grito, um inferno, manicómio. Veemência e pratos partidos. Sangra o céu e a dor. Sangra o meu espírito. Sangra o amor e a luz.
Sangra. Queima as queimaduras claras. Queima a dor. Queima o céu e o amor.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Almas solitárias
domingo, 15 de junho de 2008
A tua cor
Encontrei o azul e pensei em pintar o teu céu, soltei uma lágrima salgada e completei o mar. Deparei-me com o violeta e abracei-o. Encontrei nele sinceridade, dignidade, prosperidade e respeito. Mas perdi a esperança e não cheguei ao verde.
Observei o amarelo que despertou em mim a tua leveza, descontracção, optimismo e a tua alegria. Deixei-o sufocar-me. E perdi o sonho quando fiquei no roxo.
Segui a tristeza do anil. E lembrei-me no laranja da tua espontaneidade, tolerância e gentileza.
sábado, 14 de junho de 2008
Vou ao fim do Mundo
Dentro de mim tu brilhas mais que qualquer estrela no universo e assim eu posso vaguear pela escuridão.
Imagino o teu sorriso, a tua forma de falar, o teu cheiro numa breve história de encantar.
Não consigo parar de te imaginar por isso vou caminhar até ao fim do mundo para tocar no teu fundo. E ninguém mais me vai tirar-te de mim.
Ao relembrar-me de tudo isto é completamente impossível esquecer-me de ti.
Vou ao fim do Mundo. Ao fim ao cabo do teu ser.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Boiar ao som das ondas do mar
Tentei esquecer mas não consegui e afoguei-me na almofada. As palavras, são todas as mesmas, "Gosto de ti" escreve-se sempre da mesma maneira. E já nada faz a diferença.
Sonhar e ir ter contigo era o que me apetecia.
Consegues ver-me?
Não chores porque se não eu também choro e não consigo ver o teu brilhante sorriso. Lembra-te simplesmente de nós a boiar ao som das ondas do mar de mãos dadas a olhar para o infinito. Esquece tudo o resto á volta, todos os outros sentimentos que eu possa sentir, neste mundo diferente do teu. Eu sei que este sentimento supera qualquer furacão e sempre saberei.
Espera por mim porque eu vou deixar neste mundo a minha marca e depois vou ter contigo para ter um beijo de boa noite.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
360
Quantas vezes ficamos agarrados ao passado, presos a momentos inesquecíveis. Sempre a olhar para trás presos a um passado que pesou. Abrir a porta para um novo mundo é o passo seguinte, o mundo gira e não espera por ti. |
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Não precisavamos...
Tu olhas e eu olho. Tu sentes e eu sinto. Minutos inesquecíveis permanecem na minha memória que me recorda a tua pessoa.
Como entendo aquele teu olhar triste e sincero. Como gosto do teu efémero sorriso, e o efémero brilho nos teus olhos.
E sinto a brisa que nos afasta e o olhar que nos une.
Por vezes tenho flashes que me dizem o que fazer mas depois tudo muda e tudo se desfaz como se fosse o melhor que pudesse acontecer.
Demora tempo para compreender que o teu calor esta a desaparecer. Demora tempo para perceberes que estou do teu lado. Mas eu não te posso soletrar todos os meus sentimentos, todos os meus olhares, todos os meus gritos.
E se tu compreendesse o que compreendi nós nunca precisaríamos de perguntar se...
domingo, 13 de abril de 2008
Combatente sobrevivente
E nunca quis ser igual a todo o rebanho. E quero viver como um combatente. Sou um sobrevivente sem ser fabricado em série e desde sempre tudo era razão para sonhar. Controlava o que pensava e marchava na ilusão. Hoje estar vivo é ser combatente. Vivemos num mundo completamente descontrolado onde tudo é fabricado.
Sou um combatente e ninguém me vai parar. Sou um combatente sobrevivente.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Salvaste-me
Mudas-te a minha maneira de pensar recordando a alegria e eu alcancei a liberdade.
Obrigada por chegares a mim, por me amares assim e por estares aqui, não sei o que tinha sido sem ti.
Tu salvaste-me antes do dia nascer.
Recordações
Já percorri todos os cantos do mundo, mas tu estás sempre a acompanhar-me.
Como te desenraizar do céu para me soltar deste sentimento?
E olho o céu e lá estás tu. Como posso eu desapegar-te do céu?
Lua porque me olhas desse modo todas as noites? Já fui ao fundo mar, já me desfiz de todos as recordações e tu continuas aí a olhar para mim.
Liberdade de borboleta
Pousas numa flor com todo o teu cuidado e pensas no momento, mas algo que quebre o momento, tu acordas e voltas a voar.
Quando me viste pela primeira vez, fui algo que quebrou o teu momento e fugis-te de mim. Mas eu continuei ali, á tua espera e hoje tu sabes que eu já pertenço ao teu momento e aproximas-te de mim. Os teus olhos poisam em mim como a borboleta numa flor e não consigo impedir-me de corar.
domingo, 6 de abril de 2008
Ler, pensar e escrever
sábado, 15 de março de 2008
Uma folha que cai da árvore
Mas por vezes sinto-me como uma folha que cai da árvore e que depois de uma breve liberdade entre o vento e o céu cai no chão e é pisada por todas as pessoas.
Da minha janela ás vezes não consigo ver o horizonte e o céu, mas vejo sempre a estrada. E sei que um dia quando o meu coração for verdadeiro será essa a estrada que me leva a ti. Porque mesmo sentindo-me ferrugem e gravidade acredito que um dia te vou encontrar e ser feliz.
Onde quer que estejas espera por mim, que eu vou encontrar-te.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Agulha no palheiro
E aquele carinho que é como encontrar uma agulha no palheiro, sabe muito melhor do que aquele que se encontra ridiculamente aos nossos pés.
Todos os dias que o sol nasce, eu procuro a agulha entre os dez milhões de fios de palha. Mesmo com as leis da probabilidade contra mim, eu insisto e insisto. Uma probabilidade em dez milhões é uma probabilidade e eu não desisto.
Com o passar do tempo, o sol vai mudando de posição e pode ser que a agulha brilhe e consiga ver algo que não vi antes.
Mas será que por outro lado esteja a pedir demais, e em vez da agulha que penso que procuro, esteja a correr atrás de um alfinete de pedras preciosas, permanecendo para sempre no limiar dos sonhos impossíveis, sempre longe demais para que a minha mão o consiga alcançar... De qualquer forma, um sonho é um sonho, e tanto faz sonhar com muito como com pouco, o objectivo é o mesmo, realiza-lo, a motivação é igual, a palavra sonho tem as mesmas letras de todas as vezes que a usamos e o que marca a diferença é a vontade com que nos esforçamos, a persistência com que tentamos e a forma como avançamos.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Simplesmente simples
Para ti não importava de quem era a culpa, de quem foi, com quem foi, simplesmente importavas-te com a verdade. Achavam te estranho, um ser estúpido, que não aproveitava a vida. Achavam isso porque não entendiam a tua forma simples de aproveitar cada momento intenso e simples.
Mas eu aqui escondida no meu mundo entendo-te, como entendo a dança do mar, o cheiro do vento e a beleza da chuva a cair.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
O som do violino
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Não existe amanhã
sábado, 26 de janeiro de 2008
Espécie de slide
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
"A ambição cerra o coração"
“A ambição e a felicidade seguem estradas tão opostas que nunca podem encontrar-se.” (Daniel Dubay).
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Tudo se transforma
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
No dicionário, procurei por ti
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Como um avião de papel
Para casa ela trouxe a tua personagem que lhe fez sentir com o coração cheio e vazio. Compreendes esta antítese? Dias, meses, anos passaram e hoje ela sentiu-te pela primeira vez. Um olhar, um toque, um gesto sem planos nem projectos. Um sentimento sem definição mas puro e intenso que não precisa de provas nem palavras.
O vosso sentimento pode ser como um avião de papel não é tão compacto como um verdadeiro, mas tem a sua beleza e a sua generosidade. É um amor de papel, frágil e opaco, leve e branco, feito de ideias, de sonhos, de esperança e de muitas cores.
E o vosso sentimento é de papel e se um dia se transformar em qualquer outra coisa, será sempre numa outra forma de amor, porque o papel vem das árvores, mas o amor vem do amor e nunca morre, mesmo depois de cortado, prensado e transformado, porque amor é como plantar uma semente e tu já plantaste a tua.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Um novo jogo... pediu ela!
Bom jogo? Perguntaste-lhe. Encolheu os ombros e viajou sem conseguir pensar no que tinha na mão e no que estava a acontecer.
Uma viagem normal pensava ela, mas hoje não foi assim porque tu estavas na viagem e interrogações foram postas em jogo.
Conheces aquele sentimento confuso quando á troca de olhares e não sabes nada ainda, mas intuis, intuis com os teus sentidos, com o teu corpo e às vezes com o teu coração que aquela pessoa pode ter qualquer coisa para te dar, que não sabes o que é, mas sabes que um dia vais descobrir?
Talvez tu deste-lhe as cartas como umas cartas comuns, mas ela não o interpretou assim. E será que algum dia ela vai olhar para as cartas e dizer: o jogo está ganho?
Uma vontade grande a atormenta de estar contigo a saborear um chá num dia frio com as estrelas a darem luz ao momento.
E como escrever é a melhor forma de falar sem ser interrompido, e sem rodeios, quando quiseres vai ter com ela, vai rir do mundo e adormecer nos seus braços, abrir o teu coração e sonhar acordado, vai ter com ela hoje, porque eu sei que ela vai querer novo jogo e hoje vai ser compatível com o teu. Porque o que sentimos não é uma farsa e a amizade é o amor sem preço e sem prazo de validade.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Tu ainda podes escolher!
- Meu amigo, eu podia ter patentes, dinheiro, poder… tudo isso. Mas depois disso podia não me ter a mim próprio.
O homem sério, incomodado, ripostou:
- Falas, como se isso te desse para comprares um carro para te deslocares, ou um tecto onde dormires.
- Amigo – disse – Não tenho carro, mas tenho dois pés e duas pernas que me ajudam a percorrer o caminho. E quando durmo tenho o mais belo tecto que qualquer homem pode desejar: as estrelas.
- Não és ninguém. Vives na rua, como um animal. – disse arrogante.
- Sim, como um tigre vive na savana e tu como um tigre que vive no circo. O tigre da savana tem de correr atrás da presa, enquanto o do circo é alimentado todos os dias pelo tratador. O primeiro é livre, escolhe o seu destino, enquanto que o outro está preso e sujeito às ordens do seu tratador.
Nunca deixes que te tirem a força de seres tu próprio. Nunca desistas dos teus sonhos. Eu posso escolher o que vou fazer amanhã. Mas tu, já estás de tal forma dentro da rotina que não podes escolher.
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Crossing-over
Existem dias que necessito de uma anafase entre nós, mas noutros existe uma maior vontade da existência de um crossing-over. É optimo visualizar o nosso ponto de quiasma mas melhor que tudo isto é senti-lo.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
A história de um livro
domingo, 28 de outubro de 2007
Sai do escuro, abre comportas e deixa-me entrar
domingo, 14 de outubro de 2007
Tão perto e tão longe de ti
Da maneira como o teu coração batia, do teu olhar, da tua simplicidade e serenidade. Da tua maneira de comunicar, do sabor da tua comida. E tenho medo, que tudo isto desapareça da minha recordação, afinal nunca mais vou estar contigo. Nunca mais vou ter novas recordações tuas, só estas que me resta e que todos os dias me completam e me fazem ficar mais perto de ti.
Hoje já não importa saber o porque de seres tu a desaparecer, já não importa saber o que correu mal e o que se podia ter feito de melhor para ti. Hoje importa não te esquecer e guardar para sempre o teu cheiro que me faz sentir tão perto e tão longe de ti.
sábado, 13 de outubro de 2007
Já fui as duas vertentes
Já te vi triste e contente, irritado e amável. Já ouvi o teu silêncio extraordinário e o teu silêncio incompreensível. Já passaram dias em que te pedi para te calares e outros para falares.
Dias em que ouvi o pássaro a cantar, a chuva a cair e tu a gritar. Por incrível que pareça já pisei e já fui pisada. Já tive medo de perder pessoas especiais e perdi-as. Saltei de felicidade e encostei-me de tristeza. Aprendi que nem todos os caminhos vão dar á felicidade, mas se não passarmos por eles nunca perceberemos a felicidade. Aprendi que nem sempre as histórias têm um final feliz, que todas são baseadas em indecisões e mistura de sentimentos… Aprendi que os amigos mais distantes são os mais verdadeiros. Por vezes parar para pensar é o maior erro, por isso luto por aquilo que acredito e por vezes por acontecimentos que parecem impossíveis.
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Aurículas e Ventrículos todos temos
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Vale a pena lutar
Gosto daqueles momentos onde me consigo abstrair de tudo á volta, apesar da sociedade não o deixar, eu tento. Hoje só pensam na formação de engenheiros e médicos, deixam para traz aqueles momentos necessários para que a critica não desapareça. Sim, nós jovens somos necessários no mundo, porque apresentamos criticas e lutamos por um mundo melhor. Na outra faixa etária já não se preocupam por mudar o mundo para melhor, preferem ficar encostados ao mundo, deixar que o tempo passe e não mostrar nenhuma raiva nem sofrimento. Mas se pensarmos, estas pessoas já passaram pela nossa idade, secalhar já lutaram e saíram derrotados, portanto acabaram assim sem nenhuma palavra. Será que nós vamos acabar assim. Mesmo que o sol desapareça vamos ficar calados sem mostrar nenhuma raiva nem sofrimento? Não podemos porque vale a pena lutar. A juventude não pode deixar para traz esta vontade de mudar o mundo, se não o que vai ser do futuro. Se não formos nós, ninguém vai fazer nada por ele. Somos nós, os próximos que temos de ensinar aos que vem a lutar. E quando chegar o dia em que perdermos a vontade de lutar por coisas melhores o melhor é fechar a tampa do caixão.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Sentimento sem fundo
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Nem um recado deixas-te
Um caminhar de medo que senti, encontrei um espelho onde consegui reparar na lágrima que percorria os meus traços faciais aqueles que tu sempre disseste que eram estraordinários. Lembrei-me de ti, de nós e do mar. O amor é como o mar pode ir e voltar, é um jogo de sorte entre o fraco e o forte. É como o mar vem buscar o que lhe foram roubar.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Eu é que julguei
Ninguém disse que os dias eram nossos, que os sorrisos permaneciam em nós, eu é que julguei que podia arrancar sempre um sorriso.
Ninguém disse que havia um lugar para ficarmos, ninguém prometeu nada.
Se pensarmos ninguém promete nada, nós é que andamos enganados neste pequeno lugar. Tudo o que se agarra já fugiu, é tudo tão fugaz e tão breve.