"Não há grandes poetas nem grandes poemas; há palavras que nos agarram no momento certo. só isso."

Gil T. Sousa


sábado, 24 de janeiro de 2009

« Livre e verde a água ondula, Graça que não modula, O sonho de ninguém »

"(...)criarei um dia puro livre como o vento e repetido como o florir das ondas ordenadas."
O ar está quente a areia está a suar. Estamos descalços e a roupa é suave. O meu vestido cheio de cores solta-se no meu corpo e danço. As ondas quebram sem pedir licença e o jambé toca. Os olhares são de relance e despercebidos. Todos dançam sem pensar no amanhã, o segredo é deixar ser levado pela música. O som entra e não se pode deixar que ele desapareça, deixa-se que o corpo contorne as notas de música e refresca-se com um mergulho profundo. A mente é revigorada. O corpo perfeito que deambula como se tratasse de ramos de arvores verdes ao sabor do vento. Com esta delicadeza, a sublime faculdade de percorrer as notas musicas que nos leva a imaginar pedaços de vida irreais. O inacabamento do colar de missangas completa-se com o ritmo de timbais e do por de sol. Pessoas improvisam as notas e o som flui. Ao fim de algum tempo entende-se que não se conhecem. É mesmo assim, basta teres um jambé e entras no nosso mundo. Sentimento êxtase, completamente absorvidos. Vagueando ao sabor das brisas.

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