"Não há grandes poetas nem grandes poemas; há palavras que nos agarram no momento certo. só isso."

Gil T. Sousa


terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Vagueando...

Vagueando pelas ruelas da minha aldeia, que me viu crescer. Fechada num escuro rasgão que me fere a placidez. Não existe luminosidade que alcance a minha vista, abençoando os meus passos e os meus sentimentos. A intelectualidade das mentes fere-me. E o mundo, em geral, também. Infectado de protocolos regidos pela pobreza de espírito.
Para onde caminho eu, que trilho optarei neste mundo, onde tocar no céu já não chega.
Devaneando sozinha pelos caminhos estreitos, pessoas ultrapassam a minha magia, rodeadas de interrogações. Pensativas, sem encontrar a resposta, estranha mas obvia, por me encontrar sozinha. Cercada por apáticos e indiferentes não quero estar. Os obstáculos desta sociedade são sublimes, futilidades, banalidades e indolência. Aprisionam-me como um cordão umbilical, a luta por não ser alimentada por todas estas farsas, é grandiosa.
Magia encontro nas madrugadas quando atalho entre caminhos, estarão eles vazios, mas sempre com um toque particular que os torna únicos. Sou feliz quando encontro a minha identidade e sei que ás vezes é necessário uma chuva que afogue o mar que me olha, todos os dias, cheio de fragmentos do que fui e deixei.

1 comentário:

Anónimo disse...

"(...)onde tocar no céu já não chega(...)"

onde vamos parar? onde? já nada chega. já nada é suficiente. insaciável é a nossa mente: de tudo o que tem rapidamente se cansa e o que não possui sempre deseja.