Acordei a pensar ter sonhado alguma coisa.
Os livros estão no chão abertos em páginas, deixando-se ler e perceber. Libertam as suas palavras ao vento, esperando que as mensagens sejam lidas, interiorizadas e exteriorizadas. Anseiam provar emoções e sentimentos. Desejam inspirar grandes ou pequenas... reacções.
Passo a mão entre os nós do meu cabelo. Que raio, aqui está tudo num meio-termo, não são caracóis nem deixam de ser, não é noite nem dia, não existem sins nem nãos. Uma prisão de mais ou menos, está tudo num centro que nem é centro, é tudo e é nada.
A cama está desfeita, um lençol branco no chão, amarrotado, espalhado. O telemóvel num canto á espera que lhe dê vida. Mas hoje ele vai acabar por se desligar sozinho.
A roupa que me cobre o corpo, vai caindo pelos quatro cantos. Deixo a água escorrer pelo meu corpo. E bebo um pouco de água.
Hoje sonhei qualquer coisa. Mas esqueci-me.
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