"Não há grandes poetas nem grandes poemas; há palavras que nos agarram no momento certo. só isso."

Gil T. Sousa


quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Como um avião de papel

Encontravas-te numa ponta e ela noutra, cruzaram experiências mas de nada serviram no momento. Sorriram, trocaram olhares, mas não passou disso.
Para casa ela trouxe a tua personagem que lhe fez sentir com o coração cheio e vazio. Compreendes esta antítese? Dias, meses, anos passaram e hoje ela sentiu-te pela primeira vez. Um olhar, um toque, um gesto sem planos nem projectos. Um sentimento sem definição mas puro e intenso que não precisa de provas nem palavras.
O vosso sentimento pode ser como um avião de papel não é tão compacto como um verdadeiro, mas tem a sua beleza e a sua generosidade. É um amor de papel, frágil e opaco, leve e branco, feito de ideias, de sonhos, de esperança e de muitas cores.
E o vosso sentimento é de papel e se um dia se transformar em qualquer outra coisa, será sempre numa outra forma de amor, porque o papel vem das árvores, mas o amor vem do amor e nunca morre, mesmo depois de cortado, prensado e transformado, porque amor é como plantar uma semente e tu já plantaste a tua.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Um novo jogo... pediu ela!

E tu deste-lhe as cartas para a mão. E trocaram olhares.
Bom jogo? Perguntaste-lhe. Encolheu os ombros e viajou sem conseguir pensar no que tinha na mão e no que estava a acontecer.
Uma viagem normal pensava ela, mas hoje não foi assim porque tu estavas na viagem e interrogações foram postas em jogo.
Conheces aquele sentimento confuso quando á troca de olhares e não sabes nada ainda, mas intuis, intuis com os teus sentidos, com o teu corpo e às vezes com o teu coração que aquela pessoa pode ter qualquer coisa para te dar, que não sabes o que é, mas sabes que um dia vais descobrir?
Talvez tu deste-lhe as cartas como umas cartas comuns, mas ela não o interpretou assim. E será que algum dia ela vai olhar para as cartas e dizer: o jogo está ganho?
Uma vontade grande a atormenta de estar contigo a saborear um chá num dia frio com as estrelas a darem luz ao momento.
E como escrever é a melhor forma de falar sem ser interrompido, e sem rodeios, quando quiseres vai ter com ela, vai rir do mundo e adormecer nos seus braços, abrir o teu coração e sonhar acordado, vai ter com ela hoje, porque eu sei que ela vai querer novo jogo e hoje vai ser compatível com o teu. Porque o que sentimos não é uma farsa e a amizade é o amor sem preço e sem prazo de validade.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Tu ainda podes escolher!

- Pobre miserável… não tens nada. Já olhaste para o teu aspecto? – disse ao “mendigo” o individuo que passava na rua.
- Meu amigo, eu podia ter patentes, dinheiro, poder… tudo isso. Mas depois disso podia não me ter a mim próprio.
O homem sério, incomodado, ripostou:
- Falas, como se isso te desse para comprares um carro para te deslocares, ou um tecto onde dormires.
- Amigo – disse – Não tenho carro, mas tenho dois pés e duas pernas que me ajudam a percorrer o caminho. E quando durmo tenho o mais belo tecto que qualquer homem pode desejar: as estrelas.
- Não és ninguém. Vives na rua, como um animal. – disse arrogante.
- Sim, como um tigre vive na savana e tu como um tigre que vive no circo. O tigre da savana tem de correr atrás da presa, enquanto o do circo é alimentado todos os dias pelo tratador. O primeiro é livre, escolhe o seu destino, enquanto que o outro está preso e sujeito às ordens do seu tratador.
Nunca deixes que te tirem a força de seres tu próprio. Nunca desistas dos teus sonhos. Eu posso escolher o que vou fazer amanhã. Mas tu, já estás de tal forma dentro da rotina que não podes escolher.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Crossing-over

Tu és este ser pelo facto de possuíres 46 cromossomas, se possuísse 20 eras milho. Já reparas-te que um pequeno passo pode modificar muita coisa. Se não ocorre-se a meiose tu irias possuir 92 cromossomas o que serias?
Existem dias que necessito de uma anafase entre nós, mas noutros existe uma maior vontade da existência de um crossing-over. É optimo visualizar o nosso ponto de quiasma mas melhor que tudo isto é senti-lo.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A história de um livro

Imagina a tua vida um livro. Tens o máximo de cuidado em tudo aquilo que escreves. Cada dia que passa é uma folha voltada, preenchida, acabada. Podes escrever nele a lápis, mas enganaste-te, apagas-te e a folha ficou amarrotada. Resolves arranca-la e escrever uma nova página. Mas quando tentas seguir o raciocínio da folha anterior reparas que já não faz qualquer lógica dando pela falta daquele que já não existe. Como este não é um livro qualquer ele só pode ser emprestado a alguém importante ou especial que saiba que não o pode tratar mal. Se uma folha se rasga, tentas repara-la mas sabes que a mesma ela não ficou. Ás vezes no meio de uma página reparamos que a tinta da caneta acabou mas mesmo assim a vida continuou quando uma nova caneta se comprou. Só não continuou do mesmo jeito mas esse é o grande defeito.
Um dia resolves levar o teu livro na mão e numa pequena distracção olhas para o lado e quando dás por ti o livro já está no chão. Baixaste para apanha-lo, mas alguém te deu um encontrão, pisou o livro e as folhas ficaram rasgadas muitas até arrancadas. O livro perdeu o sentido a vida sofreu um castigo.
E agora terás capacidade de começar um novo livro/uma nova vida?


(adaptado)

domingo, 28 de outubro de 2007

Sai do escuro, abre comportas e deixa-me entrar



Sentada na imensa areia com o mar á minha volta eu penso nos vários sentimentos que existem. Quanto mais o tempo passa mais o sentimento fica desvastado, fica um sentimento que não tem pernas nem braços para percorrer e abraçar.
Deixei as cartas na mesa á espera que tu as codificasses, mas isso não aconteceu por isso soltei a alma no vento entre os quartos de luar e hoje ainda espero que tu as codifiques á beira do sentimento. Terá amor o avesso da vida? Será calor o murmuro do frio? Haverá sonhos no fundo da dor?
Sai do escuro, abre comportas e deixa-me entrar é a minha única maneira de te voltar a encontrar.
Vai mais fundo persegue o mar e leva-me contigo. Volta a entrar nos sentimentos e torna-te na pessoa que eras sempre com uma opinião que fazia uma discussão. Hoje eu tenho saudades dessas discussões porque conhecia as tuas opiniões. Mas isso já não acontece, já não sei ser aquela pessoa que te consegue arrancar uma gargalhada.

domingo, 14 de outubro de 2007

Tão perto e tão longe de ti

Receio em esquecer-te. Esquecer o teu sorriso e a tua palavra.
Da maneira como o teu coração batia, do teu olhar, da tua simplicidade e serenidade. Da tua maneira de comunicar, do sabor da tua comida. E tenho medo, que tudo isto desapareça da minha recordação, afinal nunca mais vou estar contigo. Nunca mais vou ter novas recordações tuas, só estas que me resta e que todos os dias me completam e me fazem ficar mais perto de ti.
Hoje já não importa saber o porque de seres tu a desaparecer, já não importa saber o que correu mal e o que se podia ter feito de melhor para ti. Hoje importa não te esquecer e guardar para sempre o teu cheiro que me faz sentir tão perto e tão longe de ti.

sábado, 13 de outubro de 2007

Já fui as duas vertentes

Hoje sei que errei, que já estive triste e contente. Que perdi pessoas por não lutar, que ganhei pessoas a lutar. Que nem todos os dias são alegres mas que eles mais tarde ou mais cedo aparecem. Já perdoei coisas imperdoáveis, já julguei, já fui julgada. Apreciei a noite a ser completada pelo dia, vi a lua fugir e o sol aparecer.
Já te vi triste e contente, irritado e amável. Já ouvi o teu silêncio extraordinário e o teu silêncio incompreensível. Já passaram dias em que te pedi para te calares e outros para falares.
Dias em que ouvi o pássaro a cantar, a chuva a cair e tu a gritar. Por incrível que pareça já pisei e já fui pisada. Já tive medo de perder pessoas especiais e perdi-as. Saltei de felicidade e encostei-me de tristeza. Aprendi que nem todos os caminhos vão dar á felicidade, mas se não passarmos por eles nunca perceberemos a felicidade. Aprendi que nem sempre as histórias têm um final feliz, que todas são baseadas em indecisões e mistura de sentimentos… Aprendi que os amigos mais distantes são os mais verdadeiros. Por vezes parar para pensar é o maior erro, por isso luto por aquilo que acredito e por vezes por acontecimentos que parecem impossíveis.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Aurículas e Ventrículos todos temos

As coisas complicam-se quando pensamos que um pássaro pensa, que tem miolos e coração como nós. Mas a verdade é que só lhe resta o bico, as asas e as penas. Tudo ainda fica mais confuso quando descobrimos que não podemos subir as escadas até á lua. Pensamos tantos disparates que até imaginamos que tu podias ser eu e eu tu, porque na verdade temos os dois sentimentos, porque amo e sofro da mesma maneira que tu, porque se tirarmos uma fotografia ao coração ambos têm aurículas, ventrículos, nosso talvez seja maior que o habitual. Mas como não existem radiografias ao coração e se houver eu não as quero ver. Já viste se aquele de bata branca nos diz que o nosso coração de tão grande que é um dia pode rebentar no nosso peito, isso não seria agradável, pois não?
Um dia talvez vamos perceber que é óptimo viver no coração um do outro.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Vale a pena lutar

Gosto daqueles momentos onde me consigo abstrair de tudo á volta, apesar da sociedade não o deixar, eu tento. Hoje só pensam na formação de engenheiros e médicos, deixam para traz aqueles momentos necessários para que a critica não desapareça. Sim, nós jovens somos necessários no mundo, porque apresentamos criticas e lutamos por um mundo melhor. Na outra faixa etária já não se preocupam por mudar o mundo para melhor, preferem ficar encostados ao mundo, deixar que o tempo passe e não mostrar nenhuma raiva nem sofrimento. Mas se pensarmos, estas pessoas já passaram pela nossa idade, secalhar já lutaram e saíram derrotados, portanto acabaram assim sem nenhuma palavra. Será que nós vamos acabar assim. Mesmo que o sol desapareça vamos ficar calados sem mostrar nenhuma raiva nem sofrimento? Não podemos porque vale a pena lutar. A juventude não pode deixar para traz esta vontade de mudar o mundo, se não o que vai ser do futuro. Se não formos nós, ninguém vai fazer nada por ele. Somos nós, os próximos que temos de ensinar aos que vem a lutar. E quando chegar o dia em que perdermos a vontade de lutar por coisas melhores o melhor é fechar a tampa do caixão.



quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Sentimento sem fundo

Será que isto tudo só acontece por ser a primeira semana? Ou será que esta é a melhor semana das nossas vidas e as que se seguem vão ser as piores?
Todos temos a nossa personalidade é a tua desculpa de todos os dias. A rotina entra em ti e destrói todos os nossos momentos, como é que deixas que isso aconteça? Como deixas que te dominem? Chamar-me egoísta é um bom principio, mas fecha os olhos e pensa em tudo que percorre ao nosso redor. Tenho a alma devastada de um sentimento sem fundo.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Nem um recado deixas-te

Entrei numa casa perdida e procurei-te. Os corredores estavam desertos, nem um gesto, nem uma palavra, nem um recado deixas-te. Continuei a espreitar por entre portas entre-abertas, encontrei um relógio na parede ao fundo, branca e suja. Um relogio pendurado no seu vagar, não parecendo ter dono, não será assim capaz está condenado a parar.
Um caminhar de medo que senti, encontrei um espelho onde consegui reparar na lágrima que percorria os meus traços faciais aqueles que tu sempre disseste que eram estraordinários. Lembrei-me de ti, de nós e do mar. O amor é como o mar pode ir e voltar, é um jogo de sorte entre o fraco e o forte. É como o mar vem buscar o que lhe foram roubar.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Eu é que julguei

Ninguém disse que a gaivota queria as suas assas, que o mar queria a areia, que peixe queria a água, ninguém prometeu nada eu é que julguei.
Ninguém disse que os dias eram nossos, que os sorrisos permaneciam em nós, eu é que julguei que podia arrancar sempre um sorriso.
Ninguém disse que havia um lugar para ficarmos, ninguém prometeu nada.
Se pensarmos ninguém promete nada, nós é que andamos enganados neste pequeno lugar. Tudo o que se agarra já fugiu, é tudo tão fugaz e tão breve.

domingo, 9 de setembro de 2007

Não tenhas vergonha


Como eu gosto de tocar na tua cara e sentir o envelhecimento da tua pele. Conseguir sentir todos os teus momentos de tristeza, de felicidade, de solidão e de paixão. Nunca tenhas vergonha do teu rosto marcado pelo tempo porque ele tem muita exuberancia. Ele regista em si uma historia da vida. É uma escultura viva, modelada por emoções, sensações, pensamentos e atitudes.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

A rotina torna a vida uma melancolia

A rotina penetrou em todos nós. Caminhamos na rua apressados para não chegar tarde ao lugar pretendido. O relógio é algo que já não pode ser esquecido. Ninguém consegue concretizar os sonhos, deixam-nos voar pelo céu. Empurramo-nos uns aos outros para não perder lugar. Estamos em batalha enquanto o mundo escurece e as estrelas cintilam. Sempre que se sentem sós e com problemas recorrem a um profissional chamado psicólogo e tomam comprimidos. Ainda sou daquelas poucas pessoas que recomenda uma noite a olhar o céu puro, um banho com água mais pura vinda das nuvens, um mergulho no imenso oceano. São estas pequenas grandes coisas que fazem curar as mágoas.
Nunca te sentiste obrigado a falar porque a tua companhia não sabe apreciar o momento com o silêncio.
Senta-te aqui ao meu lado e aprecia as ondas a quebrarem na areia.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Cala-te e ouve

Senta-te aqui e ouve o meu coração. Todos os dias que te sentires derrotado conta comigo, mergulha no meu abraço e deixa flutuar todos os teus sonhos. Olha para mim e descobre o nosso mundo, a cor dos nossos dias, o sorriso das nossas noites. Ás vezes a noite aparece perdida mas, juntos vamos atravessar a escuridão, basta ficares no meu abrigo, dormir no meu abraço.
Hoje trocamos as palavras escondidas e vamos ser cúmplices o resto da nossa vida. Depois de um dia cansado eu vou esperar-te e sentir que mesmo depois de um dia frio existem lugares para fugir.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Segredos


Existem cordas a agarrarem-me impedindo todos os passos. Os dias tornam-se iguais aos outros dias, e começa a sufocar. Quando os sonhos contaminam a nossa realidade ficamos do avesso e perdemos a vontade de sonhar. Quando o sonho magoa as pessoas, torna-se pesadelo.
Vivo o momento com o medo de te esquecer e as estrelas misturam-se com o chão. Gostava que no meu olhar encontrasses o teu mundo perdido. Mas sei que hoje todas as minhas palavras magoam. Pode ser que encontres no olhar de alguém a cor do teu céu, um desejo escondido. Enquanto escurece e a luz lá de fora cintila penso em todos os nossos momentos desejados. Mesmo com a dor em nós não gostava que tudo isto passasse em vão.




sábado, 14 de julho de 2007

Alma despida


Hoje é dia de apanhar um comboio sem destino. Deixar tudo para trás como se nunca tivesse existido. Sinto as pessoas com olhar vazio encostadas ao mundo. Mesmo que o sol desapareça elas não mostram raiva nem sofrimento. Elas sonham com os olhos abertos e esperam com os olhos fechados outro dia.
Todas elas aprenderam a conter a raiva e o sofrimento, mas eu já não consigo a alma rebentou na minha mão. E só hoje senti que o meu rumo me levava para longe e que o chão já não tinha espaço para tudo o que foge. Não tenho motivo para fugir mas aqui não posso ficar. Dentro de mim nasce uma força mais forte que eu, que me desfaz em restos de amor e solidão.
Abro a porta de um comboio e lá vou eu. Se alguém for atrás de mim talvez me encontre numa paragem no deserto.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Na palma da mão

Faço pinturas dos meus sonhos perdidos, piso o luar que está desenhado no chão. De segundo em segundo deveria destruir os nossos castelos de areia em vez de ser outra pessoa a fazê-lo. Mas talvez eu seja o sol num dia de nuvens. Conheço o teu caminho como conheço as linhas da minha mão, mas hoje um pescador necessitou delas para um dia de pesca intensiva. E eu fico perdida como uma gaivota sem asas.
Tento de todas as maneiras dar cor ao meu desenho mas o preto do céu recolhe todas as outras sem permissão. É impossível desenhar um sol no céu preto nesta pintura. A única solução que encontro é desenhar um sol na palma da minha mão e deixar que os raios se ramifiquem para me contaminarem. Mas nunca esquecer que em qualquer lugar perdido á sempre no escuro um brilho, um luar.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Palavras perdidas

Será q hoje podias esquecer o teu mundo e viajar para o nosso. Olha-me, para os meus olhos tristes e confusos, e lá no fundo o q vez? Talvez um mar de Janeiro, revoltado. Ou então uma noite sem sentido, existe algo em nós inquieta e fria e tudo o q era fundo fica perto. Nem sempre o chão da alma é segura.
O calor do deserto hoje é um calor frio e eu procuro um refugio para me aquecer. Sei q existe um local há minha espera, mas hoje mais q qualquer dia ele não me aquece. Sendo assim fico deitada no chão frio, perguntas-me se estou á espera de uma mão amiga e eu dir-te-ei q não.
Numa vaga de espuma de uma onda do mar, gostava de ser resguardada para um dia voltar. Tu és mistura do vento e lama nos luares perdidos. Os muros construídos, que um dia pensamos que eram o nosso abrigo, hoje transformam-se em barreiras que não nos deixam viajar pelo mundo fora.
Mesmo não sentindo aquela segurança no teu olhar eles ainda são fundos para me enterrar, quando estou confusa.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Vaca das Cordas - Ponte de Lima

Todos os anos esta tradição é realizada em Ponte de Lima, mas só este ano é que despertou em mim. Com uma vontade enorme de conseguir tirar umas boas fotos, lá fui eu para Ponte de Lima.
Com alguma antecedência cheguei ao local, o que deu para conhecer um pouco melhor a zona. Esperei pela vaca "á porta da casa dela", e quando ela saiu fiquei surpreendida pelo facto de ser um POUCO maior do que imaginava.

Procurei um caminho mais perto, para conseguir fotografar o melhor que tinha desta tradição. "Quero ver o touro, quero ver o seu belo lustre preto. Ninguém ousava aproximar-se tanto que levasse um coice ou uma cornada mas todos queria olhar nos olhos aquele que era a personificação do destino de todos nós."

Na minha opinião tirei umas belas fotografias, mas para o ano lá estarei para conseguir tirar ainda melhores. Contudo as fotografias só servem para colorir a nossa recordação.
Agora, Ponte de Lima espera por mim nas Feiras Novas.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Momentos de reflexão


"Vi um menino, com um piano. No céu da minha cabeça,veio de tao longe, só para me pedir,que nunca o esqueça. Vinha tocar o seu piano, como só nos sonhos pode ser. Por entre as nuvens e as estrelas, apareceu, quando me viu, adormecer. Ficou sentado, perto de mim, onde mora a fantasia. Quis-lhe tocar, mas nao se pode ter, a noite a iluminar o dia. Soprou devagarinho, uma estrela, que se acendeu na sua mao. Disse-me podes sempre vê-la, se souberes sopra-la no teu, coração. Vi um menino, com um piano, a despedir-se de mim. Como uma nuvem, fez o mar e partiu, nos sonhos pode ser assim. Disse-me está a nascer o dia, vou p'ra onde a noite se esconder. Volto com a primeira estrela, para tu nunca teres medo, ao escurecer."