"Não há grandes poetas nem grandes poemas; há palavras que nos agarram no momento certo. só isso."

Gil T. Sousa


segunda-feira, 13 de abril de 2009

o tempo errado dos amores

Sonhos de criança no bolso da bata aos quadradinhos.
Correria nos recreios, princesa e príncipe nos jogos da escola.
Cartas amorosas escondidas.

Sonhos na palma da mão, como se fosse balões presos por fios de prata.
Criança pequena sem desejo de o ser, com meia dúzia de sonhos tolos na mão
Descoberta do paralelismo entre o choro e o sal.

Criança cresce, suas mãos também e há uma maior capacidade para
segurar os sonhos.
Desejado pela criança nascida, indesejada para crescidos.

É uma descoberta do coração mais pequeno para os sonhos e maior para os medos.
Sonhos deixam de ser balões.
Desejo dos sonhos de novo na bata aos quadradinhos.
A pergunta ficará,
Como é que a criança com a sua mão tão pequena segura muitos mais sonhos que a vossa?

Silêncio como resposta, só provocará sorriso triste à criança que já esteve em vós e
estará…

Ela estará sempre a acreditar que entre o correr silencioso de uma lágrima, podemos sempre encher mais balões.

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