"Não há grandes poetas nem grandes poemas; há palavras que nos agarram no momento certo. só isso."

Gil T. Sousa


sexta-feira, 13 de julho de 2007

Na palma da mão

Faço pinturas dos meus sonhos perdidos, piso o luar que está desenhado no chão. De segundo em segundo deveria destruir os nossos castelos de areia em vez de ser outra pessoa a fazê-lo. Mas talvez eu seja o sol num dia de nuvens. Conheço o teu caminho como conheço as linhas da minha mão, mas hoje um pescador necessitou delas para um dia de pesca intensiva. E eu fico perdida como uma gaivota sem asas.
Tento de todas as maneiras dar cor ao meu desenho mas o preto do céu recolhe todas as outras sem permissão. É impossível desenhar um sol no céu preto nesta pintura. A única solução que encontro é desenhar um sol na palma da minha mão e deixar que os raios se ramifiquem para me contaminarem. Mas nunca esquecer que em qualquer lugar perdido á sempre no escuro um brilho, um luar.

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